Em debate da ACLAME, candidatos à Prefeitura de Porto Alegre prometem renovação

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Publicada em 07/11/2020

Em debate da ACLAME, candidatos à Prefeitura de Porto Alegre prometem renovação
Sem confronto direto e respondendo a temas diversos sobre o desenvolvimento da cidade, postulantes falaram sobre a necessidade de mudança no executivo da Capital Gaúcha

Nesta quinta-feira (5), seis candidatos à Prefeitura de Porto Alegre tiveram a chance de apresentar suas propostas durante o debate da ACLAME – Associação da Classe Média. O debate ocorreu de forma presencial com os candidatos e com transmissão online para o público pela página da ACLAME no Facebook e no YouTube. Os participantes criticaram a ausência dos líderes nas pesquisas – Manuela D’Ávila (PCdoB), José Fortunati (PTB) e Nelson Marchezan Júnior (PSDB) – e destacaram a importância de trazer renovação para Porto Alegre. Juliana Brizola (PDT) também não participou do evento.

Durante o discurso de abertura, o presidente da ACLAME, Fernando Bertuol, ressaltou a importância da população conhecer os objetivos dos candidatos para a gestão municipal. “Entendemos que este espaço é de extrema importância para a decisão da população diante do futuro da cidade, entre seus pontos de melhorias e novos avanços para garantir qualidade de vida a todos os moradores e um ambiente fértil à Porto Alegre que queremos”, disse.

Participaram do evento Sebastião Melo (MDB), João Derly (Republicanos), Fernanda Melchionna (PSOL), Gustavo Paim (PP), Valter Nagelstein (PSD) e Rodrigo Maroni (PROS). Cada candidato teve a oportunidade de responder perguntas previamente selecionadas pela ACLAME e recebidas por entidades empresariais e instituições gaúchas. O jornalista Lucas Rivas, mediador do debate, sorteou as perguntas ao vivo durante o evento.

Sem confronto direto, os participantes utilizaram seus discursos de abertura e conclusão apontar os erros das administrações de José Fortunati (PTB) e Nelson Marchezan Júnior (PSDB), focando na ausência dos políticos e de Manuela D’Ávila (PCdoB). Fernanda Melchionna (PSOL) e Valter Nagelstein (PSD) reiteraram a importância das eleições municipais, dizendo que consideram este pleito “o mais importante da nossa vida”.

A candidata do PSOL disse que a população busca um novo normal também na política. “Nós não temos mais como aguentar mais quatro anos do que foi esse governo Marchezan, um governo que atacou a cidade. Nós queremos, de fato, um novo futuro”, apontou. Sobre a possibilidade de convidar participantes de outras siglas para o governo caso seja eleita, Melchionna disse que quer reduzir em 70% dos cargos de confiança, apontando servidores qualificados para sua gestão: “Não precisa ter ficha no PSOL, precisa ter qualidade técnica, compromisso com a cidade e com a população.”

Nagelstein disse que, em suas visitas a diversos bairros, não encontrou apoio à atual gestão. “Hoje eu estava caminhando no Centro Histórico e não encontrei ninguém que vá votar no Marchezan. Eu acredito que a cidade precisa de uma renovação”, revelou.

O atual vice-prefeito Gustavo Paim (PP) se apresentou como uma “renovação com segurança, de quem conhece a cidade de Porto Alegre, de quem conhece a máquina pública, de quem se preparou”. O candidato focou na liberdade econômica, em empreendedorismo e geração de renda para criar uma sociedade com condições de enfrentar a crise. “Quem gira a roda da economia é a sociedade, não é o poder público”, apontou.

Já o ex-vice prefeito Sebastião Melo criticou o fechamento da economia, prometendo que, se eleito, irá reabrir a cidade. O candidato do MDB ainda garantiu que fará uma reforma administrativa para melhorar o serviço da cidade e apontar secretários qualificados para as pastas. Também cutucou o atual prefeito: “Nós não vamos usar o direito da saúde para publicidade que fale bem do governo. Nós não vamos fazer isso. Nem que a vaca tussa”.

João Derly (Republicanos) focou na importância de promover o empreendedorismo na cidade, dando à população os meios para empreender. Ele também falou da importância de digitalizar os processos tributários, o que levaria a uma melhora na arrecadação e tornaria as contas municipais mais saudáveis. Ainda criticou: “Nós não vamos perder recursos como aconteceu nessa administração, onde mais de R$ 120 milhões que poderiam estar atendendo às necessidades das pessoas [foram perdidos]”.

Os candidatos como um todo concordaram que é necessário ir no caminho contrário da gestão atual, focando em renovação e propostas diferenciadas para a cidade. Perguntado sobre que região de Porto Alegre irá priorizar, Rodrigo Maroni (PROS) não escolheu um bairro específico. “Não tem, todas as regiões da cidade têm problemas parecidos” disse. “Porto Alegre, na verdade, entrou em colapso. A verdade tem que ser dita”.

VEJA COMO FOI O DEBATE 

Debate da ACLAME, candidatos à Prefeitura de Porto Alegre

Sobre a ACLAME 🇧🇷

A ACLAME é uma organização não-governamental, criada em 16 de junho de 1999, em Porto Alegre. Através de conteúdo elaborado por voluntários e profissionais de diferentes áreas e com a promoção de ações de conscientização, a ACLAME tem por objetivo estimular o engajamento dos cidadãos brasileiros e ser um espaço de comunicação e debates, com informações relevantes e respostas aos questionamentos de uma parcela significativa da população, que não se sente mais representada pelas estruturas tradicionais.

Por: ACLAME - Associação da Classe Média

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